Aconteceu no sábado, dia 10 de Dezembro, o último Chamem os Amigos Fest de 2022. A Hey Pachuco! termina assim este ano com 10 edições deste festival realizadas, um feito incrível, por onde passaram 31 artistas ao longo dos vários meses.
Para esta última edição, os convocados foram os The Act-Ups, Fast Eddie Nelson e os The Dirty Coal Train, tudo bandas que já fazem parte da história da música do Barreiro.
Os The Act-Ups foram a primeira banda da noite a subir ao palco. Fundada há mais de 20 anos, no Barreiro, a banda liderada por Nick Nicotine apresentou-se com Ricardo Ramos, guitarrista dos The Dirty Coal Train, como substituto do grande Johnny Intense. À altura do desafio, correspondeu a nível musical e carismático. A banda revisitou vários temas de diversos álbuns e foi o elixir perfeito para colocar toda a plateia a dançar, ou não fossem uma das bandas mais selvagens e enérgicas que já passaram por festivais da cidade e arredores.
De seguida, chegou Fast Eddie Nelson, outro clássico da música do Barreiro e com grande historial em festivais de rock na cidade. O músico apresentou-se com vários convidados, quase todos eles tendo a premissa de que, em algum momento, já tinham feito parte da banda, pelo que foi uma autêntica viagem na sua carreira musical. Ouvimos temas do primeiro ao último álbum, num concerto potente, sem pé no trovão e que terminou ao som dos The Stooges.
Para encerrar a festa, os The Dirty Coal Train apresentaram a habitual dose de catarse a que já tão bem estamos habituados. A dupla de Viseu (com Nick na bateria) rompe sempre com qualquer plateia, com aquele rock galopante que não conhece fronteiras. Para surpresa final da noite, os irmãos Urchaga, da banda Los Chicos (que esteve inicialmente no cartaz), ainda deram uma ajuda nas guitarras e mostraram, como sempre, o bom humor e espírito de partilha tão típico deles.
Foi uma das noites com mais público, se não mesmo a mais recheada das várias edições. Talvez, também por isso, o aroma a Barreiro Rocks fosse maior, quer pelo bar estar sempre cheio, quer pelo o número de caras conhecidas ou simplesmente pelo excelente cartaz. Ou tudo isto junto.
Resta-nos agradecer à Hey Pachuco! por não deixar o rock morrer no Barreiro, esperando que para o ano a máquina continue viva e que cada vez venham mais amigos a este festival. Só assim a música faz sentido.
Fotografia: Vera Marmelo