Terminado o ano de 2024, e com 2025 já recheado de concertos e muita actividade musical, é altura de fazer um apanhado de alguns dos trabalhos que foram lançados na nossa cidade. São, acima de tudo, sugestões e desafios de audição, sem nenhuma ordem em particular.
Humana Taranja – EUDAEMONIA
Actualmente, os Humana Taranja devem ser a banda do Barreiro com maior projecção nacional. Não é por acaso que foram convidados para estrear o Coliseu Club, o novo espaço para concertos do Coliseu de Lisboa. Eudaemonia é, até à data, o trabalho mais adulto e robusto da banda. O nível de produção deste registo também aumentou exponencialmente, face aos anteriores, e os elementos da banda tocam cada vez melhor. E não vão ficar por aqui.
Zabba Zoom – We don’t Know
Por agora, são apenas três faixas que estão gravadas. No entanto, os Zabba Zoom já têm um número mais do que suficiente de temas para compôr um álbum. A banda nasceu no final de 2022, contando com elementos de muitos outros projectos barreirenses. Os quatro veteranos do rock and roll local dão concertos fantásticos, sendo que até já se estrearam em terras de nuestros hermanos no SubeRock Festival. No fundo, rock puro e do bom, daquele que deve ser ouvido com uma (ou várias) cervejas para acompanhar.
Walter Walter – 18/23
O último trabalho dos Walter Walter reúne, como o nome do álbum indica, um apanhado de algumas das melhores composições que a banda fez desde a sua formação, em 2018, até 2023. Por isso mesmo, é interessante ver as diferentes sonoridades que cada uma das faixas apresenta, especialmente na parte lírica, à medida que os membros da banda vão crescendo.
ΔIII / XIII – Abysminal
De todos estes registos, “Abysminal” poderá ser o álbum menos fácil de entrar. No entanto, se tiverem abertura para mergulhar neste universo, terão uma viagem única pela frente. Os ΔIII / XIII são uma banda de noise rock improvisado, ambiental, drone e brutalidade psicadélica, como os próprios a descrevem. Diria que são isso e até muito mais, mas é mesmo daqueles trabalhos que merece ser escutado, com atenção, nem que seja pela singularidade sonora que nos é apresentada.